quarta-feira, 4 de março de 2015

II Saudade




Saudade é aquilo que vem de repente, sorrateira feito uma roedora, ela invade o nosso peito e inunda a nossa mente de memórias tão repetidas e banais, mas tão carentes e queridas, se querendo de um alguém, um objeto precioso de desejo. Desejando apenas um abraço e quiçá um sorriso mas quem sabe um olhar ou cá um cheiro bom que vem juntinho do corpo daquele alguém. E é de repente essa saudade, essa sorrateira roedora gorda, mas tão gorda, que sufoca os pensamentos e os impossibilita de fluir, e então aperta e então dói e então eu não sei mais como controlar, nem como deixá-la ir.


Anna Valentina

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