terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Relação

Das imprecisões as quais estão submetidas as narrativas, não quero ser a única no exercício de torná-las possível, ser o empurrar único em vias que precisam ser dupla. Me gastar sozinha para que o riso se solte e a prosa fresca se faça voluntariosa, tendo que labutar na corda bamba das minhas inseguranças para o entreter do pouco caso, do pequeno esforço, ou mesmo da capacidade deficitária nunca trabalhada em se relacionar. Para quê? É autoflagelação questionar-se ciente da razão? Não que eu esteja correta sobre tudo, afinal, a narrativa é imprecisa e o caos é o filho primogênito da relação.



Anna Valentina