De que me serve procurar memórias pelo teto
E derramar-me em lágrimas sobre o assoalho?
Conforta-me as madrugadas frias sob as cobertas.
Minha solidão. Minha escuridão. Meu agasalho.
E tão acostumada sou a ser um ser sozinho.
Minhas águas são turvas. Meus pés não tem caminho.
E sou tantas em uma só.
Sou vozes que gritão. Sinfonias que terminam em dó.
Para que vir ao mundo peregrino?
Para que viver feito quimera? Mera dúvida do destino.
E tudo vaga. Tudo voa. Tudo não existe.
O nada é o tudo em que meu sonho insiste.
Anna Valentina
Nenhum comentário:
Postar um comentário