Porventura eu tenha sido corrompida pela breguice tacanha dos românticos lunáticos de outrora, já não enxergo profundezas, nem racionalizo sobre meus traumas infantis. Que há algo de belo e reconfortante nessa burrice de quem se apaixona, o corpo padece de processos químicos que nos farão humilhados por décadas até sermos capazes de ignorar as nossas displicências como se fossem peripécias de juventude, pena mesmo é eu, amiúde, acreditar que há nesse processo alguma virtude.
Anna Valentina