sábado, 10 de novembro de 2018

Amiúde


Porventura eu tenha sido corrompida pela breguice tacanha dos românticos lunáticos de outrora, já não enxergo profundezas, nem racionalizo sobre meus traumas infantis. Que há algo de belo e reconfortante nessa burrice de quem se apaixona, o corpo padece de processos químicos que nos farão humilhados por décadas até sermos capazes de ignorar as nossas displicências como se fossem peripécias de juventude, pena mesmo é eu, amiúde, acreditar que há nesse processo alguma virtude.





Anna Valentina