segunda-feira, 1 de abril de 2019

Desaguar



Aos poucos os versos liquefazem em pequenas desilusões e se quebram em colos, escorrem e correm entre os vãos. Tentamos secá-los como se nessa fricção de pulsos e panos nós fôssemos capazes de estancar o deságue da exaustão. Então vaza e vaza e vaza até se esvaziar, em nem tudo que é sentido há sentido, permitir-se que transborde, para o desanuviar.


Anna Valentina

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